Acabo de
voltar de viagem, aquela anual e necessária "viagem de férias" para
algum-lugar-que-eu-não-conheça, sem importar muito a localização ou a distância. Mas o fato a
ser registrado aqui é que prometi pra mim mesma que não iria levar livros, por
uma série de razões: a primeira é por um respeito ao ócio, queria aproveitar o
tempo fora de casa de forma integral e em atividades ao ar livre. Ler nem
sempre é ócio, principalmente depois de passar um semestre lendo "para
algo", sem descanso, o que já se mescla com a segunda razão, precisava de
um descanso mental. Para terminar, talvez a mais importante das razões seja que
tive experiências negativas com chuva, mar, areia e livros. Não foi muito legal.
Bastou
estar algumas horas fora de casa para arrepender-me profundamente da decisão.
Foram precisamente as cinco horas entre o horário previsto para o embarque e a
efetiva decolagem, em uma noite chuvosa, que quase me fizeram desistir e comprar qualquer título em um quiosque, mas resisti. O que em alguns
momentos é quase um sofrimento se transformou em necessidade, pra não dizer
prazer, e porque não (já que resolvi falar em abstinência), vício. Acabei lendo todos os folhetos e catálogos turísticos que cruzaram o meu
caminho (para tapear a síndrome de abstinência a cada situação de espera, chuva
ou trânsito).
A fim de coroar
o esforço comprei um livro no último dia de viagem, mas só curiosiei o prólogo no ônibus de volta. Pra variar era sobre Design e foi uma leitura mais
que prazerosa. As consequências estão no Livros de Design neste fim de mês.
Valeu a pena esperar.